CELSO VINICIUS RODRIGUES

[:pb]EFEITO MUTAGÊNICO AMBIENTAL DE METAIS PESADOS EM MULHERES DE SANTO AMARO DA PURIFICAÇÃO – BAHIA.[:]
[:pb]Resumo: Os compostos metálicos plúmbicos são bem conhecidos e vem sendo utilizados desde os primórdios das civilizações. Por outro lado os elementos cadmiosos foram descobertos recentemente em 1817. Atualmente esses dois metais possuem uma ampla utilidade na indústria e comércio. Entretanto, devido a diversificação em suas utilizações, surgiram problemas relacionados à toxidade ocupacional e ambiental humana. Tem sido frequentemente demonstrado que o chumbo e cádmio sâo agentes capazes de inibir ações enzimáticas, alterar a fidelidade na síntese de DNA e ocasionar; mutações, alterações citogenéticas, câncer e distúrbios reprodutivos. A proposta do presente trabalho é investigar os efeitos clastogênicos ambientais do chumbo e cádmio em pessoas severamente expostas à ação deletéria da fumaça e escória industriais em Santo Amaro da Purificação. As análises citogenéticas procederam-se em sangue periférico de trinta mulheres que residiam a menos de mil metros da indústria poluidora. Um grupo controle foi estimulado em uma população com perfil cultural, sócio-demográfico e econômico semelhante ao grupo exposto. Foram analisadas 100 metáfases de cada participante (50 em coloração convencional e 50 em Banda GTW). Com intuito de realçar e melhor evidenciar as diferenças citogenéticas entre as populações, também foi realizado um estudo paralelo de Instabilidade Cromossômica, onde estimulou-se as células metafásicas (in vitro) com um comprovado agente mutagênico; Mitomicina c “MMc”. As mensurações toxicológicas para o chumbo e cádmio foram feitas no sangue e urina, respectivamente. O número de células com alterações cromossômicas foi significativamente mais elevado no grupo exposto. Resultados que também foram corroborados com a Análise de Instabilidade Cromossômica. Da mesma forma, o Índice Mitótico e os tipos de alterações citogenéticas, também foram diferentes estatisticamente ao serem comparados entre os distintos grupos estudados. Os atuais achados sugerem que a poluição ambiental provocada pelo chumbo e cádmio tenha sido provavelmente a causa das elevadas taxas de alterações citogenéticas encontradas nas mulheres investigadas. Informações que se tornam um forte embasamento para a realização de futuros estudos mais abrangentes e detalhados (genotóxicos e mutagênicos) na população que se encontra ambientalmente exposta na cidade de Santo Amaro da Purificação, Bahia. Palavras-chave: Chumbo, Cádmio, Meio ambiente, Santo Amaro da Purificação – Bahia Orientador: Edson Duarte Moreira Júnior Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=2CX2Ut9n65Q952s Defesa: 15/10/2002 Banca examinadora: Helma Pinchemel Cotrim Kátia de Albuquerque Coelho Edson Moreira[:]

TONYA AZEVEDO DUARTE

[:pb]AVALIAÇÃO DO PAPEL DO INTERFERON-GAMA NA MODULAÇÃO DA RESPOSTA TECIDUAL CONTRA O MYCOBACTERIUM BOVIS[:]
[:pb]Resumo: O IFN-y tem sido implicado na defesa do hospedeiro contra as micobactérias. Esta citocina, produzida e liberada por linfócitos T recrutados para o sítio da infecção, é considerada o agente chave da ativação endógena, promovendo efeitos antimicobacterianos de macrófagos. Diversos modelos experimentais têm sido desenvolvidos para delinear o papel de citocinas responsáveis pelo controle da tuberculose. O presente estudo visa delinear o papel do IFN-y na modulação da resposta inflamatória granulomatosa no tecido hepático e pulmonar em camundongos infectados experimentalmente com o M. bovis. Os experimentos foram realizados utilizando-se camundongos com deficiência do gene responsável pela produção do IFN-y (C57BL/6 IFN-y-/-) e camundongos que produzem IFN-y (C57BL/6 IFN-y+/+), ambos infectados por via intravenosa com M. bovis. Avaliou-se a capacidade de sobrevida e multiplicação do M. bovis no fígado e pulmões, assim como características histopatológicas nestes dois órgãos. No curso da infecção (15, 30, 50 e 100 dias pós-infecção) a CFU (unidade formadora de colônia) foi quantificada no tecido hepático e pulmonar dos dois grupos de camundongos. A carga bacilar dos animais IFN-y-/- foi significantemente maior que nos IFN-y+/+. A quantidade de CFU foi maior no fígado que nos pulmões dos animais IFN-y-/- durante todo o estudo, enquanto nos IFN-y/+ apenas no primeiro ponto estudado (15 dias pós-infecção). Adicionalmente, nos camundongos IFN-y-/- ocorreu um aumento contínuo da carga bacilar com o transcurso da infecção, enquanto os camundongos IFN-y+/+ foram capazes de reduzir a carga bacilar no tecido hepático nos períodos mais tardios da análise. As alterações histopatológicas começam mais tardiamente nos camundongos IFN-y-/- (30 dias de pós-infecção). Estes formam granulomas sempre em menor número e tamanho que os IFN-y+/+. As alterações granulomatosas no fígado persistem até os 100 dias no camundongo IFN-y-/- e diminuem nos IFN-y+/+. Portanto, a presença do IFN-y influenciou na sobrevida e multiplicação do M. bovis no fígado e pulmões dos camundongos, assim como na formação e resolução do processo granulomatoso. Palavras-chave: Micobacterium bovis; Tuberculose; Interferon-gama Orientador: Sergio Arruda Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=OvfZom5VX5U4uE6 Defesa: 26/07/2002 Banca examinadora: Zilton Andrade Luiz Freitas Sérgio Arruda[:]

SHEILLA ANDRADE DE OLIVEIRA SIQUEIRA

[:pb]INFLUÊNCIA DA DESNUTRIÇÃO NA ESQUISTOSSOMOSE EXPERIMENTAL DO CAMUNDONGO.[:]
[:pb]Resumo: A patologia da esquistossomose é inicialmente devido à inflamação granulomatosa ao redor dos ovos depositados pelo S. mansoni com subsequente formação de fibrose. O presente estudo examinou as possíveis repercussões da desnutrição no hospedeiro e nos parasitos. Os camundongos desnutridos mostraram uma baixa resposta granulomatosa, caracterizada por granulomas pequenos e esparsos no tecido hepático, sem formação de fibrose periportal. Os animais eutróficos apresentaram uma intensa resposta inflamatória com maior número de granulomas e maior percentual de tecido fibroso. A resposta imune humoral específica para SEA mostrou-se alterada em animais desnutridos, que apresentaram níveis de anticorpos IgG1, IgG2b e IgG3 específicos contra SEA de 2 a 4 vezes mais baixos do que os níveis de camundongos eutróficos. Não foram observadas diferenças na produção de citocinas (IFN-, IL-4 e IL-5) e na proliferação celular por esplenócitos obtidos dos dois grupos experimentais. Estes achados indicam que os camundongos desnutridos apresentam um perfil de resposta imune semelhante aos animais alimentados com dieta normoproteica, contudo os níveis de anticorpos mostraram-se estatisticamente inferiores nos animais alimentados com dieta hipoproteica. Alterações no desenvolvimento dos parasitos oriundos de hospedeiros desnutridos foram evidenciadas no sistema reprodutor dos machos, bem como na oviposição das fêmeas (redução). Estes resultados, permitem inferir que a baixa fecundidade dos parasitos e a presença de possíveis distúrbios na maturação desses ovos, decorrentes da deficiência protéica, são fundamentais na reação granulomatosa pouco intensa sem progressão para a fibrose periportal, observada nos animais desnutridos. Palavras-chave: Esquistossomose mansônica; Camundongos; Desnutrição Orientador: Zilton de Araújo Andrade Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=fonO3bzIHx3nDYq Defesa: 20/06/2002 Banca examinadora: Eridan de Medeiros Coutinho Mitermayer Galvão dos Reis Zilton Andrade[:]

ANA LUCIA MORENA AMOR

[:pb]INFECÇÃO DE CAMUNDONGOS POR TRYPANOSOMA CRUZI: ALGUNS ASPECTOS DA INTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO ENVOLVENDO O ÁCIDO SIÁLICO E A TRANS-SIALIDADE.[:]
[:pb]Resumo: O ácido siálico atua em diversos fenômenos biológicos, podendo exibir um efeito potenciador da infecção de células de mamíferos por T. cruzi in vitro. Células deficientes em ácido siálico são menos infectadas por tripomastigotas de T. cruzi, e esse fenômeno é revertido pela sialilação destas células. Neste trabalho investigou-se o possível papel do ácido siálico na migração do T. cruzi do espaço intravascular e no tropismo desses parasitos a diferentes órgãos. Camundongos BALB/c foram dessialilados com sialidase de Vibrio cholera antes de infectá-los intravenosamente com tripomastigotas. Amostras de sangue foram coletadas e retirados diversos órgãos 48 horas pós-infecção. A parasitemia foi mensurada através de hemocitômetro e o DNA parasitário nos órgãos quantificados através de hibridização com uma sonda marcada com 32P, correspondendo a um segmento de DNA satélite do T. cruzi. A saída dos parasitos da circulação e o tropismo para diferentes tecidos foi semelhante em animais dessialilados ou não. Foi também investigado, se trans-sialidase (TS; enzima que transfere ácido siálico de glicoproteínas do hospedeiro para moléculas da membrana parasitária), com ou sem atividade enzimática ligam-se a tecido cardíaco utilizando-se uma reação de imunoperoxidase. Foram usados reagentes TS recombinantes (ativa, inativa e representando apenas o domínio C-terminal) e um anticorpo monoclonal anti-TS. Foi observada coloração do tecido tanto nos cortes incubados com TS ativa quanto com a inativa e ausência de coloração quando incubado fragmento correspondendo ao domínio C-terminal da molécula de TS. Nossos achados com a dessialilação sugerem que o ácido siálico não é um ligante envolvido na saída do T. cruzi do compartimento intravascular. A ligação da TS ao coração se dá por sua região catalítica, independendo de atividade enzimática. Palavras-chave: Trypanosoma cruzi; Camundongo; Ácido siálico; Trans-sialidase Orientador: Lain Pontes de Carvalho Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=d4lfX7w55vNCqC5 Defesa: 14/03/2002 Banca examinadora: Denise Lemaire Luiz Freitas Lain Carvalho[:]

EDINETE MELO DA SILVA 

[:pb]INIBIÇÃO DA REPLICAÇÃO DO HIV-1 PELO ALCALÓIDE INDÓLICO CORONARIDINA E O SEU ANÁLOGO 18-METOXI-CORONARIDINA.[:]
[:pb]Resumo: Os alcalóides são utilizados como analgésicos, estimulantes do sistema nervoso central, e no tratamento de algumas enfermidades, como a malária e o câncer. Experimentalmente, os alcalóides exercem potentes efeitos farmacológicos sobre uma ampla variedade de patógenos, inclusive o HIV-1. A 18-metoxi-coronaridina (18M-COR), análogo sintético do alcalóide indólico de origem vegetal Coronaridina (COR), apresenta atividade leishmanicida, in vitro, e anti-dependência química, in vivo. Investigar se COR e 18M-COR inibem a replicação do HIV-1 em células mononucleares do sangue periférico (PBMC) e macrófagos humanos. PBMC de doadores normais foram infectados com isolados primários de HIV-1, com diferentes tropismos para receptores de quimiocinas (R5, R5X4 e X4), e expostos a diferentes concentrações de COR ou de 18M-COR. A replicação viral foi avaliada após sete dias pela medida da atividade da transcriptase reversa ou da quantificação do antígeno p24, nos sobrenadantes de cultura. Macrófagos derivados de monócitos foram infectados por um isolado monocitotrópico de HIV-1 e expostos a 18M-COR, durante 21 dias. A replicação do HIV-1 foi avaliada a cada 7 dias, como citado acima. A viabilidade celular dos PBMC e macrófagos expostos aos alcalóides foi avaliada pelos ensaios de exclusão do corante azul de Trypan e pelo XTT. Verificamos que COR e 18M-COR exercem efeito inibitório dose-dependente sobre a replicação do HIV-1, independentemente do seu tropismo celular, em concentrações que não alteram a viabilidade das células-alvo. A 18M-COR (50M) inibe a replicação viral, em PBMC, atingindo até 70±8%, 75±3% e 72±6% de inibição do crescimento dos vírus R5, R5X4 e X4, respectivamente. Resultados semelhantes foram observados sobre o crescimento do HIV-1 em macrófagos: após 14 dias de cultura, encontramos entre 49% e 61% de inibição, e entre 66% e 83% após 21 dias, para as concentrações 12,5M e 25M, respectivamente. Em PBMC, o efeito inibitório da 18M-COR é ligeiramente inferior ao exercido pelo anti-retroviral AZT e, em macrófagos, os efeitos são similares. Dados preliminares sugerem que a 18M-COR inibe a replicação viral através da inibição da enzima transcriptase reversa do HIV-1. A 18M-COR inibe a replicação de isolados primários de HIV-1 em PBMC e em macrófagos, independentemente do uso preferencial de correceptores pelos isolados testados; esta atividade anti-retroviral é provavelmente mediada através da inibição da enzima viral transcriptase reversa. Palavras-chave: HIV-1, AIDS, Alcalóides, Produtos Naturais. Orientador: Dumith Chequer Bou-Habib Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=Yk3SPfxloDuprdF Defesa: 01/11/2002 Banca examinadora: Eudes da Silva Velozo Carlos Roberto Brites Alves Dumith Chequer Bou-Habib[:]

SANDRA ROCHA GADELHA

[:pb]EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DO HIV-1 NO ESTADO DO CEARÁ, BRASIL[:]
[:pb]Resumo: No Brasil, o HIV-1 é representado predominantemente por vírus do subtipo B, embora um aumento no número de vírus não Bs e recombinantes tem sido registrado. O HMA, baseado no gene env, tem sido muito usado neste país como ferramenta para monitorar a distribuição dos subtipos. Como a recombinação intersubtipo é uma importante fonte de variação genética do HIV-1 é de fundamental importância ampliar a subtipagem por HMA para duas regiões distintas do genoma do HIV: env e gag. O principal objetivo deste trabalho é identificar subtipos circulantes do HIV-1 no estado do Ceará. Este estado está localizado na região Nordeste do Brasil, onde o turismo sexual e a prostituição infantil são fatores que favorecem a disseminação da epidemia do HIV. As amostras foram coletadas no Hospital São José, que é o maior hospital para HIV/AIDS no Ceará. Células mononucleares do sangue periférico foram separadas pela metodologia de Ficol-Hipaque e o DNA genômico extraído através da digestão com proteinase K, seguido de purificação com fenol-clorofórmio. O DNA genômico foi usado para amplificar fragmentos dos genes env e gag através de PCR. Foi utilizada a técnica de HMA para identificar os subtipos circulantes nessa população. Amostras correspondentes à variante brasileira do subtipo B (motivo GWGR) foram identificadas por RFLP usando a enzima de restrição FokI. Foram analisamos 149 amostras positivas para HIV-1 coletadas no ano 2000. Os subtipos B, F e B/F foram identificados. A prevalência do subtipo B foi de 94% e a prevalência de ambos subtipo F e recombinante B/F de 3%. Baseado na análise com a enzima FokI, 34% das amostras foram identificadas como a variante brasileira do subtipo B (motivo GWGR). Foi demonstrado, nesse estudo, uma predominância de subtipo B semelhante a estudos anteriores realizados com amostras da região sudeste do Brasil. Além disso, foi demonstrado, pela primeira vez, a presença de subtipo F e recombinante B/F no estado Ceará. Estes resultados contribuem para um conhecimento geral da epidemia do HIV no Brasil, fornecendo informações importantes para o planejamento de estratégias relevantes para a saúde pública em nosso país. Palavras-chave: Epidemiologia molecular; HIV-1, Ceará Orientador: Bernardo Galvão Castro Filho Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=JAHLlriAHoTXbbq Defesa: 23/08/2002 Banca examinadora: Luís Fernando de Macedo Brígido Mitermayer Galvão dos Reis Bernardo Galvão[:]

CLARISSA ROMERO TEIXEIRA 

[:pb]AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ADJUVANTE DE LECTINAS VEGETAIS NA VACINAÇÃO CONTRA LEISHMANIOSE CUTÂNEA EXPERIMENTAL.[:]
[:pb]Resumo: A saliva do vetor flebotomíneo contém uma grande variedade de moléculas que modulam a resposta hemostática, imune e inflamatória do hospedeiro influenciando o estabelecimento do parasita. Neste trabalho, utilizamos o modelo do bolsão de ar em camundongos BALB/c e C57BL/6 com o objetivo de caracterizar a resposta inflamatória induzida pelo homogeneizado de glândula salivar (SGH) de Lutzomyia longipalpis. Em nossos resultados, foi possível observar uma cinética diferente de recrutamento celular entre as duas linhagens. Enquanto em BALB/c ocorreu o recrutamento significante de macrófagos e eosinófilos após doze horas, apenas neutrófilos foram recrutados em C57BL/6. Analisando as quimiocinas que poderiam estar envolvidas neste recrutamento diferenciado, detectamos um aumento na expressão de CCL2/MCP-1 induzido em BALB/c mas não em C57BL/6. Este dado foi confirmado quando camundongos BALB/c foram tratados com anticorpo monoclonal anti-CCL2/MCP-1 ou bindarit, uma droga que inibe a síntese de CCL2/MCP-1. Estes tratamentos induziram uma redução no recrutamento de macrófagos, e na expressão de CCL2/MCP-1. A produção de CCL2/MCP-1 também foi observada in vitro quando macrófagos J774 foram expostos ao SGH. O efeito do SGH também foi neutralizado após pré-incubação com soro contendo anticorpos anti-SGH e também em camundongos pré-expostos a picadas de L. longipalpis. Com o objetivo de avaliar qual(is) molécula(s) da saliva estariam envolvidas neste efeito, utilizamos construções de cDNA e proteínas recombinantes da saliva de L. longipalpis como estímulo. Observamos que a proteína recombinante de 11kDa da saliva de L. longipalpis, assim como o seu cDNA, parece ter uma atividade inflamatória mais inicial. As proteínas recombinantes da família “yellow” e de 61kDa e os cDNA equivalentes a estas proteínas teriam um efeito mais tardio. A combinação do SGH com a L. chagasi resultou em um efeito aditivo no recrutamento de neutrófilos e macrófagos quando comparado à resposta inflamatória induzida apenas pela L. chagasi nas duas linhagens. O SGH também modificou o perfil de expressão de CCL2/MCP-1, CCL4/MIP-1, CCL11/eotaxina e CXCL1/KC induzida pelo parasita nas duas linhagens de camundongo. Estes resultados sugerem que a saliva de L. longipalpis desempenharia papel importante na modulação da resposta inflamatória do hospedeiro induzida pelo parasita resultando no recrutamento de uma maior quantidade de células inflamatórias para o local da picada. Palavras-chave: Flebótomo; Saliva; Leishmaniose; Inflamação; Quimiocinas Orientador: Manoel Barral-Netto Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=CEmBOTUXgg6svCk Defesa: 17/05/2002 Banca examinadora: João Santana da Silva Amélia Maria Ribeiro de Jesus Manoel Barral-Netto[:]

SORAIA MACHADO CORDEIRO 

[:pb]CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E GENOTÍPICA DE ISOLADOS DE NEISSERIA MENINGITIDES DE CASOS DE MENINGITE NO HOSPITAL COUTO MAIA, SALVADOR-BA[:]
[:pb]Resumo: Infecções por Neisseria meningitidis estão associadas a altos índices de morbi-mortalidade. Em Salvador, a incidência anual média da meningite meningocócica, no período de fevereiro de 1996 a janeiro de 1999 foi de 2,25/100000 hab., acometendo, principalmente, crianças menores de 02 anos (14,19/100.000hab.), uma taxa de letalidade geral de 7,9% e 4,7% de seqüelas neurológicas. Assim, se faz necessário a disponibilidade de um método simples, eficaz na caracterização molecular deste patógeno, para um melhor entendimento na distribuição e transmissão da doença. Este trabalho, teve como objetivos, descrever a distribuição fenotípica e genotípica da Neisseria meningitidis isolada de casos de meningite de Salvador-BA e validar a utilização do método da NgREP-PCR em estudos de vigilância epidemiológica. A população do estudo foi formada por pacientes do Hospital Couto Maia, Salvador-BA, que tiveram cultura de líquor positiva para Neisseria meningitidis. Para a caracterização fenotípica, as amostras foram submetidas a testes de aglutinação, na determinação dos sorogrupos (A, B, C, W135 e Y) e testes de dot-blot, utilizando anticorpos monoclonais, na determinação dos 18 sorotipos e 18 sorosubtipos e a caracterização genotípica foi realizada pela Reação da Polimerase em Cadeia – NgREP-PCR. Durante o período do estudo foram identificados no HCM, 272 casos de meningite meningocócica, dos quais, 258 tiveram isolados analisados. A distribuição dos sorogrupos, identificou o predomínio de sorogrupo B, em 79,8% (206 de 258) dos isolados, seguido do sorogrupo C, em 18,6% (48 de 258), do sorogrupo W135, em 1,2% (3 de 258) e do sorogrupo Y em 0,4% (1 de 258), nenhum caso sorogrupo A foi identificado. A distribuição dos sorotipos e sorosubtipos demonstrou a predomínio de 4,7;P1.19,15 (63,2%); 4,7;P1.7,1 (4,3%); 2a:P1.2 (3,5%); 4,3:P1.3 (1,9%); Outros (24,8%). Foram caracterizados pelo NgREP-PCR 84,5% (218 de 258). Através da análise visual, os isolados foram caracterizados e agrupados em 34 padrões correlacionados, sendo que, 16 desses padrões, abrangeram 91,7% do total das amostras. Através da análise pelo software GelCompar II versão 4.1, cada padrão correlacionado registrou um índice de similaridade, entre suas amostras, superior a 80%. Além disso, o método do NgREP-PCR foi capaz de identificar padrões que se correlacionaram perfeitamente à sorosubtipagem e principalmente, de identificar o clone dominante encontrado na população estudada. Assim, o NgREP-PCR pode ser utilizado como ferramenta em estudos de vigilância epidemiológica. Palavras-chave: Meningite meningocócica, Fenótipos, Genótipos, Biologia Molecular, Bahia. Orientador: Mitermayer Galvão dos Reis Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=2JCll5TTfsprNyL Defesa: 17/05/2002 Banca examinadora: Hagamenon Rodrigues da Silva Edson Duarte Moreira Mitermayer Reis[:]

MARIA ALICE SANT’ANNA ZARIFE

[:pb]PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C (VHC) EM SALVADOR , BAHIA.[:]
[:pb]  Orientador: Mitermayer Galvão dos Reis Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=N3RcRP8CrGLZ0sX Defesa: 01/05/2002  [:]

FÁBIO DAVID COUTO

[:pb]ESTUDO DA PREVALÊNCIA DO POLIMORFISMO C677T NO GENE DA ENZIMA METILENOTETRAHIDROFOLATO REDUTASE (MTHFR): ASSOCIAÇÃO COM HEMOGLOBINAS VARIANTES E FATORES LIGADOS AOS NÍVEIS SÉRICOS DE HOMOCISTEÍNA EM RECÉM-NASCIDOS DE DUAS MATERNIDADES DE SALVADOR-BAHIA[:]
[:pb]Resumo: O metabolismo da homocisteína pode ser afetado por carência nutricional de vitaminas (B6, B12 e folatos) ou por alterações genéticas que afetam o funcionamento de enzimas envolvidas em sua via metabólica. A homozigose para a mutação C677T no gene da enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) tem sido relacionada com a hiperhomocisteinemia, descrita como fator de risco importante e independente para a ocorrência de doenças cardiovasculares. As hemoglobinopatias estruturais, principalmente a hemoglobina S, também tem sido associada a estes eventos. No presente estudo foi determinada a prevalência da mutação C677T da MTHFR, por PCR e RFLP, em 843 recém-nascidos de Salvador-Bahia, correlacionando a presença desta mutação com o perfil de hemoglobinas determinado por HPLC. Os níveis séricos de homocisteína, vitamina B12 e folatos foram determinados em um subgrupo de 75 recém-nascidos, com os diferentes genótipos para o polimorfismo C677T da MTHFR: 25 selvagens (C/C), 25 heterozigotos (C/T) e 25 homozigotos (T/T) mutantes, todos portadores de hemoglobina AA. A freqüência do alelo T foi de 23,4%, com prevalências de 36,2% da heterozigose e 5,3% da homozigose para o polimorfismo C677T da MTHFR. O alelo T foi normalmente distribuído entre os gêneros (p = 0,206) e entre os diferentes genótipos de hemoglobinas p = 0,696. Diferenças estatísticas não foram encontradas para os níveis de homocisteína, folatos e vitamina B12 entre os diferentes genótipos do polimorfismo C677T da MTHFR. Contudo as análises estratificadas para os níveis de folatos e vitamina B12 demonstraram que os recém-nascidos com níveis destas vitaminas abaixo dos valores medianos e portadores dos genótipos C/T e T/T apresentaram maior freqüência entre os neonatos com níveis de homocisteína acima de 6,7 μmol/L. Também foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os pesos dos recém-nascidos e os níveis de folatos (p = 0,043). Nossa população apresenta freqüência elevada do alelo T do polimorfismo C677T da MTHFR associada as hemoglobinopatias estruturais, o que pode influenciar na incidência das doenças vasculares freqüentemente observadas entre os portadores de hemoglobinopatias estruturais. De acordo com os resultados, os folatos são poderosos preditores dos níveis de homocisteína assim como do peso dos recém-nascidos, independente da mutação C677T; contudo,este efeito é potencializado pela presença da homozigose do alelo T. Palavras-chave: Enzimas; Vitaminas, Homocisteína, Triagem neonatal, Bahia Orientador: Marilda de Souza Gonçalves Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=xg*sdMteBHGvfkY Defesa: 26/04/2002 Banca examinadora: Carmem Silva Bertuzzo Angelina Xavier Acosta Marilda Gonçalves[:]

GEORGE MARIANE SOARES SANTANA 

[:pb]AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DOS RECEPTORES FCGAMA EM LEUCÓCITOS DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE CUTÂNEA LOCALIZADA[:]
[:pb]Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=Q*rKCrdlM9*K0j Defesa: 22/03/2002 Banca examinadora: Maria Ilma Andrade Santos Araújo Milena Botelho Pereira Soares Johan Weynbergh[:]

MOEMA CORTIZO BELLINTANI

[:pb]AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE IMUNOMODULADORA DE FISALINAS ISOLADAS DE PHYSALIS ANGULATA L. EM MACRÓFAGOS ATIVADOS E NO CHOQUE ENDOTÓXICO[:]
[:pb]Resumo: Physalis angulata é uma erva de ciclo anual, amplamente difundida pelo mundo, utilizada pela medicina popular para o tratamento de uma variedade de patologias. Neste trabalho foram testadas as atividades imunomoduladoras de fisalinas, esteróides purificados do extrato de P. angulata. Os experimentos foram realizados in vitro em cultura de macrófagos inflamatórios ou in vivo através de ensaio de letalidade induzida por LPS. A adição das fisalinas B, F ou G, mas não da fisalina D, causa uma redução dose-dependente na produção de óxido nítrico (NO) por macrófagos estimulados com LPS e IFN-γ. A produção de TNF-α, IL-6 e IL-12 por culturas de mocrófagos estimulados com LPS ou LPS e INF-γ também foi inibida pela fisalina B de forma dose-dependente. A adição de RU 486, um antagonista do receptor de glicocorticóides, bloqueia a atividade inibitória da dexametasona na produção de IL-12 por macrófagos ativados, mas não reverte os efeitos inibitórios in vitro da fisalina B na produção de citocinas ou NO. O tratamento de camundongos com as fisalinas B, F ou G previne a morte induzida por uma dose letal de LPS. Camundongos tratados com fisalina B apresentaram níveis séricos de TNF-α mais baixos que os camundongos controle que foram apenas estimulados com LPS. Os resultados encontrados neste trabalho demonstram que as fisalinas B, F e G de P. angulata são substâncias imunomoduladoras potentes, que agem através de um mecanismo diferente da dexametasona. Palavras-chave: Physalis angulata, Fisalinas, Macrófagos, Choque endotóxico , Plantas medicinais, esteróides Orientador: Milena Botelho Pereira Soares Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=EqiNsMmG7sHl4DN Defesa: 04/03/2002 Banca examinadora: Mauro Martins Teixeira Johan Van Weyenbergh Milena Botelho Pereira Soares[:]

MARCO ANTONIO ARAÚJO SILVANY 

[:pb]AVALIAÇÃO DE ANTÍGENOS RECOMBINANTES VISANDO O DESENVOLVIMENTO DE TESTE IMUNODIAGNÓSTICO PARA LEISHMANIOSE VISCERAL[:]
[:pb]  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=rq*wFiVXNdqRZnK Orientador: Dr Lain Pontes Carvalho Financiador:  Defesa: 03/01/2002 Banca examinadora: Roque Almeida Ricardo Ribeiro dos Santos Lain Carvalho[:]

LUCAS PEDREIRA DE CARVALHO

[:pb]AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES COM CANDIDÍASE VAGINAL RECORRENTE[:]
[:pb]Resumo: A candidíase vaginal recorrente é uma doença de distribuição mundial causada pelo fungo do gênero Candida. Caracterizada pela ocorrência de pelo menos 4 episódios de candidíase no período de 1 ano, esta doença atinge cerca de 5% das mulheres sadias no mundo. O mecanismo pelo qual ocorre a transformação da Candida da sua forma não patogênica para a forma patogênica não é esclarecido. Trabalhos contraditórios tem sido publicado a respeito da imunopatogênese da candidíase vaginal recorrente. Enquanto alguns estudos mostram diminuição da resposta linfoproliferativa e do teste intradérmico de hipersensibilidade tardia para o antígeno de Cândida nestas pacientes, outros não encontram diferença entre os níveis de citocinas de pacientes com candidíase vaginal recorrente e mulheres sadias. Resposta alérgica (hipersensibilidade tipo I) com altos níveis de IgE e presença de eosinófilos também tem sido reportadas em pacientes com candidíase vaginal recorrente. O presente estudo teve como principal objetivo cacterizar a resposta imune em pacientes com candiíase vaginal recorrrente e avaliar o papel de citocinas e antagonistas de citocinas na modulação da resposta imune nestas pacientes. Participaram deste estudo 20 pacientes com diagnóstico de candidíase vaginal recorente e 7 mulheres com candidíase vaginal esporádica com controle. Para a análise da resposta linfoproliferativa e para a dosagem de citocinas, CMSP foram lavadas a incubadas em presença de antígneo de C. albicans, PPD, TT ou PHA por 72 hs para adosagem de citocinas ou 5 dias para o ensaio de transformação blástica. Em algumas culturas foram adicionadas anticorpos monoclonais anti-IL4, anti-IL10 ou IL-12 humana recombinante. A resposta linfoproliferativa foi realizada através da incorporação de 3H Timidina e a dosagem de IFN-y, IL-5 e IL-10 foi realizada pela de ELISA sanduiche. Todas as pacientes com candidíase vaginal recorrente tiveram teste de hipersensibilidade tardia para o antígeno de C. albicans negativo. A resposta linfoproliferativa para o antígeno C. albicans foi baixa nas 7 pacientes nas quais foi feita a avaliação (1239 ± 861 com). Índices de estimulação mais elevados (p<0,05) foram observados quando PPD (IE=4,5) ou TT (IE=32) foram utilizados como estímulo nas culturas destes, pacientes em comparação com culturas estimuladas com antígeno de C. albicans (IE=1,3). A produção de IFN-y em 19 pacientes variou de 0 a 1132 pg/ml com média e desvio padrão de 144 ± 329 pg/ml. Ausência de produção de IFN-y foi observada em 8, baixa produção foi observada em 9 e apenas 2 produziram níveis elevados de IFN-y. Nos sobrenadantes de culturas de células mononucleares de mulheres com candidíase vaginal esporádica foram encontrados altos níveis de IFN-γ quando estimuladas com antígeno de C. albicans (353 ± 248 pg/mi). Baixos níveis de IL-5 e IL-10 foram encontrados nos sobrenadantes de culturas de pacientes com candidíase vaginal recorrente estimuladas com antígeno de C. albicans. A adição de anticorpos monoclonais anti-IL-10 às culturas estimuladas com antígeno de C. albicans restaurou a resposta linfoproliferativa e a produção de IFN-y de 889 ± 339 cpm, para 3421 ± 1908 cpm e de 64 ± 70 pg/ml, para 750 ± 753 pg/ml respectivamente. A adição de anticorpos monoclonais anti-IL-4 não restaurou a resposta linfoproliferativa ou a produção de IFN-y. A adição de IL-12 recombinante humana foi capaz de restaurar a produção de IFN-y de todas as pacietes com candidíase vaginal recorrrente (p=0,0004). Pacientes com candidíase vaginal recorrente apresentaram altos níveis de IgE sérica específica para o antígeno de C. albicans, embora não tenha havido diferença entre os níveis de IgE sérica antígeno específica quando estes dados foram comparados com os níveis encontrados em controles. Estes resultados indicam que a maioria das pacientes com candidíase vaginal recorrente apresentam uma incapacidade de produzir IFN-y quando células mononucleares são estimuladas in vitro com antígeno de C. albicans e que a neutralização de IL-10 ou a adição de IL-12 restaura esta produção. Estes dados contribuem para o entendimento da imunopatogênese desta importante enfermidade e abre perspectivas para a utilização da imunoterapia no tratamento da candidíase vaginal recorrente. Palavras-chave: Candidíase vaginal, imunidade Orientador: Amélia Maria Ribeiro de Jesus Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=70kXHDHkA9FYoaS Defesa: 05/04/2002 Banca examinadora: Lain P. de Carvalho Ricardo Ribeiro dos Santos Amélia de Jesus[:]