VALDERES LEMOS DE SOUZA

[:pb]ESTUDO COMPARATIVO DAS INFECÇÕES POR LEISHMANIA MAJOR E LEISHMANIA AMAZONENSIS EM CAMUNDONGOS ISOGÊNIC OS CBA[:]
[:pb]Resumo: A maioria dos trabalhos sobre o modelo murino na leishmaniose tegumentar utiliza diferentes linhagens de camundongos que são resistentes ou susceptíveis a uma determinada espécie de leishmania ou trata de manipulações da resposta imune tornando camundongos susceptíveis, resistentes a determinada leishmania, ou tornando resistentes, susceptíveis. No presente estudo avalia-se comparativamente, resistência e susceptibilidade à infecção por leishmania, utilizando o modelo de infecção de camundongos isogênicos CBA infectados com L. amazonensis (L.a.), para as quais são susceptíveis, e infectados com L. major (L.m.), para as quais são resistentes. Nós comparamos a resposta imune-inflamatória nesses dois grupos através da avaliação do curso da infecção pelo monitoramento do tamanho das lesões e avaliação da quantidade de parasitos em cortes histológicos através de imunohistoquímica. A resposta tissular foi estudada em cortes histológicos das patas e dos linfonodos de drenagem no intervalo de três a 70 dias após a infecção. A produção de IFN-y, IL-4 e IL-10 foi avaliada pelo método ELISA e a produção de NO pelo método de Griess, em sobrenadantes de culturas de células do linfonodo de drenagem. Os camundongos CBA infectados por L.m. controlam a infecção e curam, enquanto os infectados por L.a. exarcebam a infecção e morrem. Os padrões de resposta tissular no local da infecção e no linfonodo de drenagem são distintos. Nos animais resistentes ocorre inflamação mista com formação de granuloma e fibrose, enquanto nos susceptíveis ocorre reação macrofágica monomórfica, sem granulomas e fibrose. O IFN-y foi predominante produzido pelas células do linfonodo dos animais infectados por L.m., enquanto que os níveis de IL-4 foram mantidos mais alto no grupo de animais infectados por L.a., após o 7º dia de infecção. Os perfis distintos de resposta correspondem a padrões distintos de resposta tissular e estão relacionados com a produção aumentada de IFN-y ou IL-4, ou seja perfis predominantemente Th1 ou Th2 da resposta imune celular. O padrão morfológico de resposta tecidual comporta-se como correlato da resposta imune. Os dados apresentados indicam que, no contexto do camundongo CBA, fatores relacionados com o parasito são determinantes do tipo da resposta imune-inflamatória. Palavras-chave: Camundongo CBA; Leishmaniose; Histologia; Imunologia; Leishmania amazonensis; Leishmania major Orientador: Luiz Antonio Rodrigues de Freitas Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=BAe65dfUCMJc4tt Defesa: 20/11/1998 Banca examinadora: Washington Luís C. dos Santos Zilton Andrade Luiz Freitas[:]

LUCIANA MENEZES DA SILVA

[:pb]MODULAÇÃO DO GRANULOMA ESQUISTOSSOMÓTICO: MORFOMETRIA E COMPORTAMENTO DA MATRIZ EXTRACELULAR.[:]
[:pb]Resumo: O granuloma formado em torno de ovo maduro do Schistosoma mansoni no fígado se modifica no seu tamanho, forma e composição com o passar do tempo. Este fenômeno, denominado “modulação imunológica”, tem sido atribuído fundamentalmente a fatores imunes. Como a “modulação” ocorre apenas no fígado, e não em outros órgãos, a participação de fatores locais parece ser decisiva para que o fenômeno ocorra. Estes últimos têm sido pouco estudados e agora, numa tentativa de contribuir para o seu entendimento, foram particularmente considerados. A presente investigação foi feita em camundongos infectados com 50 a 100 cercárias do S. mansoni. Os granulomas formados em torno de ovos maduros foram estudados e comparados em três órgãos (pulmão, fígado e intestino) e em três fases distintas da infecção: aguda (8 semanas), intermediária (16 semanas) e crônica (22 semanas), com técnicas histológicas, morfométricas, bioquímicas e de imuno-fluorescência. Os resultados confirmaram que o fenômeno da modulação é exclusivamente hepático, não sendo observadas modificações semelhantes no pulmão e intestino. Os elementos da matriz extracelular pesquisados (colágenos de tipo I, III e IV, fibronectina, laminina, proteoglicanos e elastina) estiveram presentes em todos os locais, mas eram muito mais proeminentes no fígado. Exceto para a elastina, que apareceu apenas no fígado, exclusivamente em casos crônicos. A avaliação morfométrica indicou redução no volume, área e densidade de volume apenas nos granulomas hepáticos ao longo das três fases estudadas. Abundância de elementos da matriz extracelular presente nos granulomas hepáticos foi a principal alteração responsável pelos aspectos morfológicos da modulação. Esse aspecto foi correlacionado com particularidades da estrutura celular não parenquimatosa do fígado, onde as células perinusoidais e as células de Kupffer participam de um eixo “sui generis” relacionado com a formação e degradação da matriz. No estudo do fenômeno da “modulação” do granuloma esquistossomótico fica evidente que é o comportamento deste elementos celulares que determina as modificações da matriz extra-celular em torno dos granulomas hepáticos, representando, na sua essência, o fenômeno da “modulação”. Palavras-chave: Esquisstossomose mansônica; Granuloma; Matriz extracelular; Modulação antigênica Orientador: Zilton de Araújo Andrade Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=bRxiDXZpzQUmRb Defesa: 19/11/1998 Banca examinadora: Mitermayer Reis Aryon Barbosa Zilton Andrade[:]

MÁRCIA MARIA DE SOUZA

[:pb]MODELO DA FIBROSE SEPTAL POR CAPILLARIA HEPÁTICA. UTILIZAÇÃO EM TESTES COM DROGAS ANTIFIBROSANTES.[:]
[:pb]Resumo: Vários modelos têm sido utilizados na tentativa de melhor se compreender a etiologia e a patogenia da fibrose hepática, bem como para se fazer ensaios com drogas anti-fibrosantes. O rato infectado pelo helminto Capillaria hepatica desenvolve com regularidade, e em relativamente pouco tempo, um processo de fibrose septal progressiva, que chega até à cirrose. Por estas características, este modelo foi escolhido para testes com algumas drogas anti-fibrosantes, não só para testar tais drogas, como, através do presumido modo de ação de cada uma, inquirir sobre a patogênese da fibrose septal. Os objetivos desse trabalho foram: testar o potencial antifibrosante de algumas drogas, tais como: Pentoxifilina, Cloreto de Gadolínio, Vitamina A e Interferon-α; determinar a ação tanto preventiva, como curativa, das referidas drogas sobre a fibrose septal. Para isso, foram infectados 40 ratos Wistar com 1.500 ovos embrionados de C. hepatica, os quais foram subdivididos em 08 grupos experimentais, que receberam diferentes tratamentos com as drogas já mencionadas, excetuando o grupo controle, que foi tratado apenas com solução salina. Foram utilizadas técnicas histológicas, bioquímicas e morfométricas para a avaliação e mensuração da quantidade de colágeno e do grau de fibrose em amostras do tecido hepático obtidas em diferentes fases da infecção, por vezes, de um mesmo animal, através de hepatectomias parciais. As melhores respostas terapêuticas foram obtidas com Pentoxifilina, administrada por via intraperitoneal, mas não por via intravenosa, e com o Interferon-α nas doses de 500.000 e 800.000 U.I. O Cloreto de gadolínio mostrou moderada ação antifibrosante, mas apenas quando usada preventivamente. Os achados foram verificados através de análise estatística e mostraram significância com p<0,05, utilizando-se o teste Student-Newman-Keuls. O modelo animal empregado revelou-se útil para os testes com drogas com potencial antifibrosante. Inferiu-se que a pentoxifilina tem uma ação provável através inibição do TNFα e comprovou-se que o Interferon tem de fato uma ação direta anti-fibrosante. Os resultados apontaram para a importância da via de administração e da dose das drogas testadas. Palavras-chave: Capillaria hepatica; fibrose septal hepática drogas antifibrosantes; fibrose hepática Orientador: Zilton de Araújo Andrade Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=Sx9omJd8xHP4HZY Defesa: 18/11/1998 Banca examinadora: Luiz A. R. de Freitas Aryon Barbosa Zilton Andrade[:]

GILBERTO CAFEZEIRO BOMFIM

[:pb]CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA HEMOGLOBINA FETAL E DE HAPLÓTIPOS LIGADOS AO GRUPO DE GENES DA GLOBINA BETA EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME (SS) DE SALVADOR – BAHIA[:]
[:pb]Resumo: A anemia falciforme é uma das doenças hereditárias de maior prevalência no mundo, constituindo-se problema de Saúde Pública. No Brasil, freqüências elevadas para o gene da HbS têm sido descritas, estimando-se em 0,1 a 0,3% o nascimento de indivíduos com anemia falciforme entre a população negróide do país. Salvador, apresenta contingente negróide estimado em 80% e freqüências elevadas da HbS, sendo relevante, portanto, o desenvolvimento de pesquisas nesta área. O presente estudo teve por objetivo a caracterização molecular dos haplótipos ligados ao grupo de genes da globina βS e sua associação com dados laboratoriais hematológicos e análises das hemoglobinas presentes. Setenta e oito indivíduos com anemia falciforme, com média de idade de 12,5 anos (± 9,6), foram selecionados, após exame clínico e consentimento escrito. Nos indivíduos selecionados foram realizadas análises hematológicas e de hemoglobinas. As Hb A2 e fetal foram quantificadas e as cadeias γ da HbF foram analisadas qualitativamente em gel de poliacrilamida. Os haplótipos foram caracterizados pesquisando-se polimorfismos na região promotora dos genes γ da HbF após amplificação por PCR e hibridização alelo específica por DOT-BLOT. O seqüenciamento do segundo sítio hipersensível à DNase I utilizou o método de dideoxinucleotídeos trifosfato. Encontrou-se 49,4% de haplótipos CAR, 45,5% de Ben e em 4,5% dos haplótipos a identificação não foi obtida. Um indivíduo Sen, em trans com o haplótipo Ben, foi caracterizado nesta população. Na comparação dos níveis de HbF entre os genótipos CAR/CAR, CAR/Ben e Ben/Ben não foram registradas diferenças estatisticamente significativas. Quatro indivíduos apresentaram predominância da cadeia γG e dois da γA, os demais indivíduos apresentaram distribuição de cadeias γ semelhante aos indivíduos adultos, ou seja, ligeiro predomínio da cadeia γA, com uma razão de aproximadamente 40γG : 60γA. O seqüenciamento do HS-2, em quatro pacientes, não revelou alterações, na região estudada, quando comparada a seqüências de controles normais descritas na literatura. Os resultados mostram que alguns pacientes CAR/CAR apresentaram níveis elevados de HbF, não estando de acordo com a literatura. A predominância de cadeias γ, em alguns genótipos, diferiu do resultado de outros estudos. A presença do haplótipo Sen, demonstra que estudos em outras populações, como recém-nascidos e heterozigotos, devem ser realizados. Neste estudo foram encontradas diferenças, que podem refletir o efeito da miscigenação racial da população estudada. O desenvolvimento de estudos clínicos, moleculares e bioquímicos, associados a fatores ambientais nesta população, abrem perspectivas para a identificação de fatores prognósticos que poderão ser utilizados com maior eficiência no acompanhamento desses pacientes. Palavras-chave: Anemia falciforme; Hematologia; Hemoglobina fetal; Haplótipo Orientador: Marilda de Souza Gonçalves Financiador:  Defesa: 04/11/1998 Banca examinadora: Fernando F.Costa José Tavares Neto Marilda Gonçalves[:]

VIRGINIA FREITAS DE SÁ OLIVEIRA

[:pb]AVALIAÇÃO DO PAPEL DA IL-15 E DA IL-12 NA IMUNORREGULAÇÃO DA LEISHMANIOSE HUMANA[:]
[:pb]Resumo: A resistência contra a infecção pela leishmânia é mediada pela resposta imune celular caracterizada por ativação macrofágica e produção de citocinas como IL-2, IL-12 e IFN-y. Na leishmaniose visceral americana (LVA) ocorre ausência de resposta imune celular específica que pode ser mediada por substâncias séricas solúveis. A leishmaniose tegumentar inclui um amplo espectro de doenças que variam da forma não responsiva leishmaniose cutânea difusa (DCL), a hiperresponsiva leishmaniose cutânea mucosa (LCM). A IL-15 é uma citocina que tem atividades biológicas semelhantes a IL-2 incluindo estimulação da proliferação de células T e células NK ativadas. O objetivo deste estudo foi determinar o papel de IL-15 na resposta imune da leishmaniose humana e o potencial sinergismo com IL-12. Nós estudamos CMSP de 19 pacientes com LVA, 19 com LCM e 3 com LCD, após cultivo por 5 dias na presença de antígeno de leishmania, IL-15 e/ou IL-12 nos pacientes com LVA e com LCD ou de anticorpos monoclonais anti-IL-12 ou anti-IL-15 nos pacientes com LCM. Linfoproliferação, dosagem de IFN-y por ELISA e resposta citotóxica contra células tumorais foram os parâmetros utilizados na avaliação. Investigamos também se IL-12 p40 tem um papel como imunossupressor sérico na leishmaniose. Através de ELISA nós comparamos a concentração sérica de IL-12 p40 em 15 pacientes com LVA, incluindo 9 após tratamento, 10 pacientes com LTA e 15 controles negativos. CMSP de pacientes com LVA, assim como dos controles normais, apresentaram resposta proliferativa dose-dependente a IL-15 tanto com meio quanto com antígeno de leishmânia. IL-15 não aumentou a produção de IFN-y em pacientes com LVA ou com LCD como também não apresentou sinergismo com a IL-12. Da mesma forma a IL-15 foi capaz de induzir aumento da citoxicidade e esta indução foi maior que a IL-12. Como já havia sido previamente demonstrado, CMSP de pacientes com LCM mostraram uma exacerbação da citotoxicidade após estimulação com antígeno de leishmania. Esta resposta foi heterogênea e não foi negativamente regulada pela neutralização de IL-12 ou de IL-15. A linfoproliferação por CMSP de pacientes com LCM também não foram revertidas com anticorpos anti-IL-12 e/ou anti-IL-15. Anti-IL-12, mas não anti-IL15 diminuiu a produção de IFN-y. Comparando a média da concentração de IL-12 p40 de pacientes com LVA, LTA e controles normais os resultados foram 283, 109 and 89 pg/ml respectivamente e os elevados níveis dos pacientes com LVA reduziram após o tratamento da doença (p=0,007). Nossos resultados sugerem que IL-15 não é importante na resposta imune da leishmaniose humana por ser um mediador inespecífico de citotoxicidade e de linfoproliferação e não induzir produção de IFN-y na LVA. A resposta imune exacebada na LCM não é revertida pela neutralização in vitro de IL-12 e/ou IL-15. IL-12 p40 é potencialmente um imunossupressor na LVA. Palavras-chave: Leishmaniose; Imunidade celular; Citotoxidade imunológica. Orientador: Aldina Maria Prado Barral Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=vRUWhSFVNxYm2jC Defesa: 27/10/1998 Banca examinadora: Sérgio Coutinho Lain P. de Carvalho Aldina Barral[:]

LUCIANO KALABRIC SILVA

[:pb]UTILIZAÇÃO DA RT-PCR NO DIAGNÓSTICO E GENOTIPAGEM DO VÍRUS DA HEPATITE C (VHC)[:]
[:pb]Resumo: O VHC é um vírus RNA (VHC-RNA) hepatotrópico associado com um alto risco à cronificação, cirrose e carcinoma hepatocelular. Nos últimos anos, técnicas moleculares para a detecção do VHC-RNA e a genotipagem têm se tornado ferramentas indispensáveis para a avaliação de pacientes com hepatite crônica C. Com o objetivo de verificar a positividade do VHC-RNA em portadores do anticorpo anti-VHC e determinar os genótipos do VHC nesta população, entre maio e setembro de 1997, 127 portadores do anti-VHC pelo método ELISA de 2a./3a. geração, atendidos no Serviço de Hepatologia do HUPES/UFBA, foram randomizados para o estudo. Após consentimento informado, foram obtidas amostras de sangue para os ensaios moleculares e dados demográficos e laboratoriais mediante entrevista e consulta dos prontuários. O VHC-RNA foi detectado no soro pela técnica da RT-PCR utilizando-se primers deduzidos da 5’ NCR sendo confirmados por Southern blot e hibridização com sonda marcada com 32P. Nas amostras VHC-RNA positivas foi realizada a genotipagem pela técnica da RT-PCR, utilizando-se primers genótipo-específicos 1a, 1b, 2, 3a e 4 deduzidos da região do core. Neste estudo, o VHC-RNA foi detectado em 65,4 % (83/127) das amostras testadas. A positividade do VHC-RNA foi mais significante entre os indivíduos com alterações nos níveis de TGO/TGP séricas, acompanhados no período de 6 meses do início da admissão no serviço (p < 0,05). A distribuição genotípica foi 24,1 % do subtipo 1a, 38,6 % do subtipo 1b, 3,6 % do tipo 2, 21,7 % do subtipo 3a, e 12,0 % de genótipos mistos. Portanto, a positividade do VHC-RNA no soro de portadores do anti-VHC selecionados no Serviço de Hepatologia do HUPES-UFBA foi de 65,4 %. Na Bahia, predomina o genótipo 1 (62,7 %) seguido do 3 (21,7 %) e 2 (3,6 %). Palavras-chave: 1. Vírus da Hepatite C (VHC). 2. Genótipos. 3. Anticorpo anti-VHC. 4. Bahia Orientador: Mitermayer Galvão dos Reis Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=tGgVwbQpTFWw0*G Defesa: 26/08/1998 Banca examinadora: Luiz Guilherme Lyra Luiz A. R. de Freitas Mitermayer Reis[:]

JOICE NEVES REIS

[:pb]EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DE STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE RESISTENTE À PENICILINA EM SALVADOR – BA[:]
[:pb]Resumo: A resistência à penicilina por Streptococcus pneumoniae é um problema mundial mais recentemente descrito no Brasil. Em Salvador – BA não existem dados sobre resistência à penicilina nas infecções pneumocócicas. Este trabalho tem como objetivo determinar a prevalência de resistência à penicilina em casos de meningite pneumocócica e caracterizá-la através de estudos epidemiológicos e de tipagens moleculares. A população do estudo foi formada por pacientes, do Hospital Couto Maia, que tiveram cultura de líquor positiva para S. pneumoniae. As amostras foram submetidas a testes de susceptibilidade a antimicrobianos, sendo definidas como sensíveis à penicilina quando a concentração inibitória mínima (CIM) foi < 0,12 g/ml, nível intermediário de resistência ou não susceptível CIM entre 0,12 – 1,0 g/ml , e alto nível de resistência para CIM >2,0 g/ml. Foram realizadas ainda caracterização fenotípica por sorotipagem e caracterização genotípica por Reação de Polimerase em Cadeia – PCR BOX A fingerprinting eletroforese de campo pulsado. Durante o período de 12/95 a 10/97 foram incluídos neste estudo 150 pacientes com meningite pneumocócica, uma incidência anual de 1,6 casos por 100.000 habitantes em Salvador. A meningite pneumocócica ocorreu em todas as faixas etárias, embora tenha sido mais freqüente em crianças menores de dois anos de idade com 42% dos casos. A prevalência amostras causadoras de meningite pneumocócica não-susceptível à penicilina foi de 16,1% (24/149). Todas as amostras foram sensíveis a cefotaxima. Os casos de meningite com amostras não-susceptíveis à penicilina foram causados por sorogrupos presentes na vacina pneumocócica 23-valent: 6(6), 14(14), 19(2), 23(2). A genotipagem destas amostras demonstrou 95 padrões genéticos dentre as 149 amostras analisadas, sendo 14 idênticos e 81 não idênticos. A técnica de eletroforese de campo pulsado foi aplicada para as amostras de sorotipo 14. Este método permitiu identificar seis diferentes padrões, sendo um padrão para as amostras não-susceptíveis (14), e cinco padrões para as amostras susceptíveis (6) à penicilina. A resistência à penicilina em Salvador está relacionada à presença de quatro padrões genéticos de S. pneumoniae na comunidade, sendo dois padrões do sorotipo 14 , um do sorotipo 6B e um do sorotipo 23F. A predominância de clones nos casos de meningite pneumocócica em Salvador – BA sugere que eventos de mutação de ponto e conseqüente seleção natural são os prováveis mecanismos envolvidos na emergência de resistência à penicilina em nossa comunidade. Embora estejam incluídos na vacina 23-valent os principais sorogrupos responsáveis pelos casos de meningite detectados em Salvador, esta vacina não representa uma medida de prevenção adequada devido a sua ineficácia na faixa etária menor que 2 anos de idade. Outras alternativas como a vacinação pré-natal ou o uso de vacinas conjugadas a proteínas devem ser melhor analisadas para prevenção de meningite pneumocócica em nossa população. Palavras-chave: Streptococcus pneumoniae; Resistência à penicilina; Meningite pneumocócica; Bahia Orientador: Mitermayer Galvão dos Reis Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=yf5RIUHe02Islam Defesa: 06/08/1998 Banca examinadora: Lúcia Martins Teixeira Edson Duarte Moreira Mitermayer Reis[:]

CLAUDIA DIAS DE SANTANA

[:pb]ESTUDO DA RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA IN VITRO DE CAMUNDONGOS CBA INFECTADOS POR LEISHMANIA AMAZONENSIS E LEISHMANIA MAJOR.[:]
[:pb]Resumo: Camundongos da linhagem isogênica CBA apresentam variação na resposta imune quando infectados por diferentes espécies de Leishmania. São resistentes à infecção com L. major e susceptíveis à infecção com L. amazonensis, apresentando distintos perfis morfológicos na resposta tissular. Neste trabalho, foi utilizado um sistema in vitro que inclui parasitos, citocinas, células apresentadoras de antígeno e células T que proliferam in vitro em resposta à estimulação primária. O sistema de imunoestimulação primária in vitro (PIV) tem sido utilizado na tentativa de se compreender eventos precoces envolvidos no estabelecimento de resposta imune. Assim, com o PIV, foi possível verificar eventuais diferenças correlacionadas com o curso da infecção do CBA por L. major ou L. amazonensis. A produção de citocinas foi avaliada durante os primeiros dias pós-estimulação de células esplênicas de camundongos da linhagem CBA (previamente não estimuladas), in vitro, com L. major ou L. amazonensis. Foi feita a análise comparativa dos níveis de IFN-γ, IL-4, IL-5 e IL-10 e produção de NO. A produção de citocinas foi avaliada através de ELISA e a produção de NO através da reação de Griess, em amostras de sobrenadante das culturas. Os resultados mostram variações relacionadas com a espécie de Leishmania, com aumento da quantidade de IFNγ, e NO em função do tempo de estimulação, do número de parasitos utilizados e com a concentração de esplenócitos em cultura. No PIV com L. amazonensis houve maior produção IFNγ e IL-10 que no PIV com L. major. No sétimo dia, produção de IFNγ foi 2,1 a 3,5 (p<0,001)vezes maior no PIV com L. amazonensis e IL-10 1,7 a 2,7 (p<0,001) vezes mais abundante também no PIV de L.amazonensis. IL-4 e IL-5 não foram detectadas. Os níveis de NO foram 2.9 (p<0,001) maiores no PIV com L. amazonensis em comparação com L. major. Nossos resultados similares foram obtidos com células de linfonodo. Nossos resultados demonstram que linfócitos de CBA primariamente estimulados in vitro por L. amazonensis induzem resposta semelhante ao padrão Th1. Este padrão difere do observado na infecção in vivo de camundongos CBA, com L. amazonensis. Provavelmente, fatores ou células envolvidas na definição de resposta Th2 in vivo estejam ausentes no sistema in vitro. A identificação de diferenças significativas, possivelmente relacionadas com o estabelecimento do padrão Th abre perspectivas para a investigação de mecanismos e identificação de pontos estratégicos envolvidos na modulação da resposta imune na leishmaniose neste modelo. Palavras-chave: Camundongo CBA; Leishmaniose tegumentar; Leishmania amazonens; Leishmania major Orientador: Patrícia Sampaio Tavares Veras Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=vxWCyk7We8bVN0t Defesa:24/09/1998 Banca examinadora: Ajax Mercês Atta Manoel Barral-Netto Patrícia Veras[:]

SUZANA RAMOS FERRER

[:pb]DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE MÉTODOS BASEADOS EM PCR PARA O DIAGNÓSTICO E TIPAGEM MOLECULAR DE CEPAS ISOLADAS EM EPIDEMIAS URBANAS DE LEPTOSPIROSE EM SALVADOR, BA.[:]
[:pb]Resumo: A leptospirose, uma zoonose causada por uma espiroqueta do gênero Leptospira, é uma doença presente na maioria dos países do mundo sendo um problema de grande impacto social no Brasil. Os objetivos deste estudo foram de confirmar o diagnóstico dos casos com suspeita clínica de leptospirose pela microaglutinação e cultura, desenvolver o ensaio da polimerase em cadeia (PCR) para o diagnóstico leptospirose, determinando a sensibilidade e especificidade desse teste e desenvolver e aplicar métodos baseados em reação da polimerase em cadeia para amplificação de regiões intergênicas entre elementos repetitivos de leptospiras para tipagem molecular de cepas isoladas em estudo epidemiológicos. A população do estudo foi composta por pacientes admitidos no Hospital Couto Maia com diagnósticos clínico de leptospirose na admissão, durante o período de 05/05/97 a 28/11/97. A confirmação diagnóstica foi realizada através da microglutinação em 51,3% (83/162)dos casos identificados. 36,4% (59/162) dos pacientes não foram confirmados por este testados. Foram identificados através da hemocultura 56,7% dos casos confirmados pela MAT. Para a realização do PCR para diagnóstico foram obtidas amostras de plasma e/ou urina de 129 pacientes. O PCR apresentou uma sensibilidade de 44 % (36/83) em amostras de urina, 21% (16/78) em plasma e de 57% (37/65) quando foram testadas amostras pareadas de plasma e urina. No grupo de controles negativo não houve reação positiva pelo PCR, representando uma especificidade de 100%. Nos pacientes nos quais foram colhidas amostras com menos de sete dias de sintoma, a positividade do PCR foi de 42% (13/31) para amostras de urina e 30% (6/23) para amostras de plasma. O PCR de leptospirose mostrou não possuir as condições requerida para sua implantação a nível ambulatorial, fazendo-se necessário o desenvolvimento de novos testes diagnósticos. Foram tipadas pelo método de PCR 63 (71%) dos isolados de casos humanos e 35 (35%) de ratos em Salvador-BA e os padrões obtidos foram comparadas com os de cepas de referência. As amostras pertencentes ao sorogrupo Icterohaemorrhagiae possuíram padrão semelhante entre si. O método de tipagem molecular pelo PCR demostrou ser uma técnica reprodutível e fácil de ser realizada, funcionando como uma metodologia alternativa para tipagem de cepas de leptospiras Palavras-chave: Leptospirose; PCR; Diagnóstico; Tipagem Orientador: Mitermayer Galvão dos Reis Financiador:  Defesa: 2000 Banca examinadora: Martha Mª Pereira José Tavares Neto Mitermayer Reis[:]