JULIE ALVINA GUSS PATRÍCIO

[:pb]EFEITO GLICOINOSITOLFOSFOLIPIDA (GIPL) DE TRYPANOSOMA CRUZI NA ATIVAÇÃO DE CÉLULAS MONONUCLEARES HUMANAS DO SANGUE PERIFÉRICO.[:]
[:pb]Resumo: Os GIPLs estão presentes no glicocálix de Leishmania e T cruzi e são considerados importantes para a sobrevida do parasito. Os GIPLs estão implicados na modulação da resposta macrofágica murina. Pouco se sabe sobre o efeito do GIPL de T. cruzi sobre células humanas. Nós investigamos o efeito do GIPL da cepa Colombiana de T. cruzi (GIPLcol) sobre macrófagos e linfócitos derivados de células mononucleares do sangue periférico (CMSP). O GIPL (10 a 20 μg/ml) foi adicionado a culturas de macrófagos humanos estimulados ou não com LPS (500pg/ml). A produção de TNFα , IL8, IL12 e IL10 foi dosada 48 horas depois. O GIPl não teve efeito sobre a produção de citocinas em macrófagos não estimulados. A adição do GIPL em células estimuladas com LPS levou a redução da produção de TNFα , IL12 e IL10. Esta inibição não foi devido a toxicidade do GIPL, já que as células permaneceram viáveis depois de 5 dias de cultura com GIPL (10 μg/ml). Nós também testamos se a adição de GIPL modula a produção de IFNγ por linfócitos ativados por anti-CD3. Células Mononucleares do Sangue Periférico estimuladas com anti-CD3 solúvel (10μg/ml) produzem altas concentrações de IFNγ. A adição do GIPL não interferiu com esta produção. O GIPL não estimula a produção de IFNγ e a proliferação de linfócitos de pacientes com doença de Chagas. Com base nesses dados, concluímos que o GIPL parece estar envolvido na sobrevivência parasitária, através da supressão de macrófagos. Palavras-chave: Trypanosoma cruzi, Macrófagos, Citocinas Orientador: Manoel Barral-Netto Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=z8cigZflyDl*vSP Defesa: 20/12/2001 Banca examinadora: Ajax Mercês Atta Milena Soares Manoel Barral-Netto[:]

RENÉE AMORIM DOS SANTOS

[:pb]O ESTUDO DO ENCÉFALO NA SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA NA BAHIA, BRASIL.[:]
[:pb]Resumo: O envolvimento do sistema nervoso central (SNC) como causa de morbidade e mortalidade nos casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é evidenciado pela alta frequência das manifestações neurológicas e neuropatológicas. O comprometimento do SNC pode decorrer da ação direta do vírus, tendo como principal repercussão primária a encefalopatia pelo HIV ou de forma indireta pelo desenvolvimento de afecções oportunistas resultantes da imunossupressão. A variedade dos quadros neurológicos depende de vários fatores como: o estágio da doença, a forma de contaminação pelo vírus, a terapêutica utilizada e as diferenças regionais que favorecem a presença de associação com enfermidades de importância local. No Brasil, os estudos com séries mais representativas sobre as lesões do SNC nos pacientes com AIDS estão restritos ao Sudeste e Sul do país cuja realidade regional é distinta do Nordeste. Avaliar as alterações do encéfalo nos casos de AIDS em Salvador, Bahia. Determinar a prevalência de anormalidades pelo exame anatomopatológico e imuno-histoquímico. Estabelecer a frequência das infecções oportunistas e da encefalopatia pelo HIV e suas associações, estudando as características morfológicas. Detectar a presença do HIV no tecido cerebral. Comparar os dados obtidos com aqueles de outras regiões do Brasil e do mundo. O estudo consta de 62 casos consecutivos de AIDS necropsiados no Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (UFBA) no período de 1991 a 1999. Os encéfalos foram avaliados através do estudo macroscópico, histológico e imuno-histoquímico. A presença de HIV foi detectada utilizando-se imuno-histoquímica com o anticorpo monoclonal p24. O estudo mostrou elevada prevalência de lesões encefálicas ocorrendo em 93,5% dos casos, sendo que destes 61% apresentaram alterações macroscópicas e 64,5% sintomas neurológicos. As infecções oportunistas foram responsáveis pelo maior número de lesões ocorrendo em 53% dos casos, assim distribuídas: toxoplasmose 29%, tuberculose 10%, criptococose 6,5%, histoplasmose 4,8%, citomegalovirose 4,8% e Leucoencefalopatia multifocal progressiva 3,2%. A lesão por ação direta do HIV foi observada em 9,5% dos casos e todos apresentaram intensa positividade para p24 em macrófagos e/ou células gigantes multinucleadas. Em 29% dos encéfalos sem alterações histológicas características da ação direta do HIV foi observada positividade para proteína p24 em macrófagos. Os resultados obtidos demonstram a importância do estudo microscópico do SNC no diagnóstico da encefalopatia por HIV e de infecções oportunistas na AIDS. Mostram ainda, que existem diferenças na frequência das alterações diretamente relacionadas com o vírus e infecções oportunistas, quando se compara com estados do Sul e Sudeste do Brasil e outras regiões do mundo. Destaca-se que a neurotuberculose foi a segunda infecção oportunista em frequência, diferentemente do que se observa no Sul/Sudeste do Brasil. Entre as alterações histológicas ressalta-se a elevada frequência de alterações no plexo coróide e epêndima sugerindo tratar-se de importantes portas de entrada e fontes de disseminação de doenças. Palavras-chave: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; HIV; Sistema Nervoso Central; Infecções oportunistas Orientador: Aristides Cheto de Queiroz Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=8plwdkQBX0uAig2 Defesa: 04/07/2001 Banca examinadora: Carlos Brites Helenemarie Barbosa Aristides Queiroz[:]

REGIS BERNARDO BRANDIM GOMES

[:pb]AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA A SALIVA DE LUTZOMYIA LONGIPALPIS EM CRIANÇAS NUMA ÁREA ENDÊMICA DE LEISHMANIOSE VISCERAL[:]
[:pb]Resumo: Pessoas que vivem numa área endêmica de Leishmaniose Visceral apresentam anticorpos anti-saliva do vetor Lutzomyia longipalpis. Nós avaliamos IgG total assim como as subclasses IgG1, IgG3, IgG4 e IgE contra o lisado de glândula salivar de L. longipalpis nos soros de crianças (idade entre 0- 5 anos) naturalmente expostas. Os soros foram obtidos em um estudo prospectivo no qual realizou-se sorologia (ELISA) e o teste de hipersensibilidade tardia (DTH) contra antíegeno de Leishmania. Os indivíduos que foram negativos para ambos os testes na primeira avaliação (fase 1), foram acompanhados, testados mais uma vez (fase 2) e classificados em quatro grupos (positivo para sorologia e DTH, sorologia positiva e DTH negativo, sorologia negativa e DTH positivo e sorologia e DTH negativos). Quinze soros de cada grupo em ambas as fases foram testados pela técnica de ELISA, e cinco dos mesmos grupos pela técnica de Western blot usando extrato de glândula salivar como antígeno. Um aumento significante e IgG, IgG1 e IgE anti-saliva foi observado nos grupos que convertem a sorologia e o DTH anti-Leishmania na segunda fase. Um aumento significante de IgG4 foi observado somente no grupo que converte a sorologia anti-Leishmania. Não se observou um aumento na resposta de IgG anti-saliva quando utilizou-se a saliva de Phlebotomus papatasi e L. whitmani. A análise por Western blot mostrou um aumento de reconhecimento de bandas no grupo que converte o DTH. Existe pelo menos 10 antígenos no qual dois (50 e 36 kDa) são reconhecidos comumente pelo soro das crianças com DTH positivo. Nossos resultados mostram um aumento de anticorpos IgG, IgG1 e IgE anti-saliva no grupo de indivíduos com DTH positivo. Anticorpos contra as proteínas da glândula salivar de flebótomos podem ser relevantes nos estudos de epidemiologia das leishmanioses e na imunidade natural. Palavras-chave: Leishmania donovani chagasi; Anticorpos; Lutzomyia e hipersensibilidade tardia Orientador: Aldina Maria Prado Barral Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=hueSBCZ69NVx5X Defesa: 17/12/2001 Banca examinadora: Paulo Pimenta Luiz Freitas Aldina Barral[:]

ALENA RIBEIRO ALVES PEIXOTO MEDRADO

[:pb]PARTICIPAÇÃO DE MIOFIBROBLASTOS NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO – INFLUÊNCIA DO RAIO LASER DE BAIXA POTÊNCIA.[:]
[:pb]Resumo: O reparo tecidual que se processa durante a cicatrização de ferimentos cutâneos se faz às custas de intensa proliferação celular, deposição de novos elementos da matriz extracelular, bem como seu posterior remodelamento. Nesta fase da cicatrização, entre muitos outros elementos celulares, destacam-se os miofibroblastos. Diversas variáveis podem interferir no curso da cicatrização tecidual, incluindo fatores endógenos e exógenos. Um dos fatores exógenos recentemente estudado é a terapia com laser de baixa potência. Contudo, a eficácia desta fototerapia tem suscitado opiniões contraditórias, e numa tentativa de contribuir para o seu entendimento, ela foi particularmente considerada. Realizaram-se ferimentos cutâneos padronizados no dorso de 72 ratos Wistar, e em seguida, aplicação pontual do raio laser de baixa potência do tipo Ga-As-AI com diferentes densidades de energia. Os animais foram sacrificados com 24, 48 e 72 horas, bem como, 5, 7 e 14 dias. Procedeu-se a análise das secções teciduais coradas por hematoxilina-eosina, sírius vermelho e orceína. Para a realização do estudo dos miofibroblastos, os anticorpos anti-vimentina, anti-actina-alfa de músculo liso e anti-desmina foram usados pela técnica de imunohistoquímica. As características ultraestruturais destas células foram estudadas através da microscopia eletrônica de transmissão. Observou-se que nos grupos submetidos à laserterapia, houve maior redução de edema e infiltrado inflamatório, assim como desgranulação de mastócitos. Com a evolução da cicatrização, os níveis de colágeno demonstraram-se mais pronunciados nos grupos tratados com laser. Com relação às fibras elásticas, não se constatou diferenças entre os grupos. A marcação imunohistoquímica de miofibroblastos expressando o fenótipo desmina/actina alfa de músculo liso foi mais evidente nos 3º, 5º e 7º dias do período pós-operatório, e foi superior nos grupos tratados. Os achados ultraestruturais revelaram a presença de células com filamentos intracitoplasmáticos, corpos densos abaixo da membrana plasmática, rico retículo endoplasmático rugoso e núcleo chanfrado. O grupo tratado com 4 J/cm2 de densidade de energia apresentou resultados mais favoráveis, comparativamente ao de 8J/cm2. O laser contribuiu para a redução do edema pós-operatório, e proporcionou um aumento do colágeno, em comparação ao grupo controle. Adicionalmente, induziu uma maior expressão de miofibroblastos no leito do ferimento. Palavras-chave: Miofibroblastos; Cicatrização de feridas; Lasers Orientador: Zilton de Araújo Andrade Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=*z05wK1a7wY7J7R Defesa: 30/08/2001 Banca examinadora: Cristina Takyia Luiz Freitas Zilton Andrade Currículo Lattes[:]

JORGE CLARÊNCIO SOUZA ANDRADE

[:pb]AVALIAÇÃO EX VIVO E IN VITRO DA DIVERSIDADE DO REPERTÓRIO VB EM LINFÓCITOS T DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE CUTÂNEA LOCALIZADA.[:]
[:pb]Resumo: Muitos trabalhos recentes na literatura em doenças infecciosas, como toxoplasmose, malária, doença de Chagas e filariose avaliaram a relação da diversidade do repertório dos linfócitos T Vβ com as respectivas patologias visando identificar deleção ou hiper reatividade clonal implicada na patologia da doença. Nosso objetivo neste trabalho é avaliar o repertório T Vβ através de: 1) Caracterizar o repertório T Vβ em células do sangue periférico, comparando pacientes com LCL com indivíduos normais; 2) Comparar células do linfonodo com sangue periférico de pacientes com LCL; 3) Avaliar o efeito do estímulo com antígeno de Leishmania braziliensis na expressão de Vβs; 4) Comparar células de voluntários normais antes e após imunização com vacina antileismaniose. Utilizando a técnica de Citometria de Fluxo e usando anticorpos monoclonais anti TCR Vβ , anti CD4 e anti CD8, mostram uma expansão diferencial, oligoclonal, tanto para CD4+ quanto CD8+ e peptídica preferencial. Nesta análise verificamos que o gene Vβ12 foi o mais relacionado com a infecção por Leishmania braziliensis, (dados na tabela abaixo), e que os indivíduos vacinados apresentam uma grande ativação policlonal após 60 dias de imunização, mais evidenciada em CD4+. Palavras-chave: Leishmaniose cutânea; Linfócitos R Orientador: Manoel Barral-Netto Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=QRfgsTHpC59gQzf Defesa: 16/03/2001 Banca examinadora: Walderez Ornelas Dutra Lain P. de Carvalho Manoel Barral-Netto[:]

TÂNIA REGINA MARQUES DA SILVA

[:pb]ESTUDO COMPARATIVO DA INTERAÇÃO DE MYCOBACTERIUM INTRACELLULARE AVIRULENTA E VIRULENTA COM MACRÓFAGOS MURINOS DA LINHAGEM J774[:]
[:pb]Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=YzeO6TTNGXwHGZ9 Orientador: Dra Patrícia Sampaio Veras Financiador:  Defesa: 09/03/2001 Banca examinadora: Radovan Borojevic Sérgio Arruda Patrícia Veras[:]

DJALMA GOMES FERRÃO CARVALHAL 

[:pb]UM ENSAIO DE ADESÃO OTIMIZADO PARA O ESTUDO DE INTERAÇÕES ENTRE MACRÓFAGOS E MATRIZ CONJUNTIVA BASEADO NO ENSAIO DE STAMPER-WOODRUFF.[:]
[:pb]Resumo: O objetivo deste trabalho é desenvolver um ensaio de adesão, baseado no ensaio de Stamper-Woodruff, para o estudo das interações entre macrófagos e matriz conjuntiva. Foram induzidos bolsões inflamatórios em camundongos da linhagem BALB/c para obtenção de secções de pele inflamada, e células macrofágicas da linhagem J774G.8 foram utilizadas na padronização do ensaio. Secções de 7 μm de espessura foram colocadas em lâminas de vidro, fixadas com acetona e bloqueadas com BSA. Foi estabelecida a concentração de 106 células/100 μl como a mais apropriada para a realização do ensaio, através de diluições seriadas. Células J774G.8 sem tratamento prévio ou tratadas com: ácido tetraacético diamino etileno, Mn++, lipopolissacarídeo, forbol miristato acetato, zimosan, os peptídios CS-1 e RGD, os anticorpos anti-CD49d ou contra a cadeia β2 de integrinas, foram adicionadas às secções e incubadas por 30 minutos à temperatura ambiente. Como resultado, as células macrofágicas aderem preferencialmente às áreas de inflamação. A adesão das células é dependente de cátions divalentes e pode ser modulada por substâncias que promovam a ativação celular. Além disso, a adesão mediada por integrinas pode ser inibida por peptídios RGD e CS-1 ou com anticorpos contra integrinas da família β1 e β2. A adesão das células macrofágicas é inibida mais intensivamente pela infecção com Leishmania mas não com a infecção por Mycobacterium ou por fagocitose de partículas de látex. Desta forma, o ensaio desenvolvido foi capaz de demonstrar a especificidade da adesão de células macrofágicas pela matriz conjuntiva bem como de sugerir a existência de mecanismos específicos de regulação das interações entre macrófagos e a matriz conjuntiva durante a infecção por Leishmania. Palavras-chave: Macrófagos, Moléculas de adesão, Tecido conjuntivo Orientador: Washington Luís Conrado dos Santos Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=43GPehM0XB3KqLI Defesa: 08/03/2001 Banca examinadora: Wilson Savino Luiz Freitas Lain Pontes de Carvalho Washington dos Santos[:]

ELISÂNGELA VITÓRIA ADORNO 

[:pb] TRIAGEM NEONATAL: INVESTIGAÇÃO DE HEMOGLOBINOPATIAS EM RECÉM-NASCIDOS DA CIDADE DO SALVADOR, BAHIA. INVESTIGAÇÃO DA PRESENÇA DE HEMOGLOBINOPATIAS ESTRUTURAIS E DE SÍNTESE EM RN DA CIDADE DO SALVADOR-BAHIA-BRASIL.[:]
[:pb]Resumo: As hemoglobinopatias apresentam freqüência mundial elevada. No Brasil, tem sido registradas freqüências elevadas para a HbS, estimando-se 0,1 a 0,3% de recém-nascidos (RN) com anemia falciforme (SS). A talassemia α apresenta freqüência de 20 – 23% entre algumas populações estudadas. Um total de 600 amostras de sangue de cordão umbilical foi investigada. Os RN foram provenientes da Maternidade Pública Tsylla Balbino (SESAB) e as amostras coletadas no período de fevereiro a junho de 2000. A análise de hemoglobinas foi realizada por eletroforese em fitas de acetato de celulose pH 8,9 e em ágar – citrato pH 6,0; os dados hematológicos foram obtidos através de contador de células eletrônico (Coulter Count T – 890). O DNA foi isolado dos leucócitos e utilizado para a investigação das talassemias α23,7 Kb e α24,2Kb por PCR (Reação em Cadeia da Polimerase). Os dados referentes aos RN foram obtidos através de entrevista às mães, consulta aos prontuários médicos e observação do RN. A análise estatística foi realizada através do software EPI-INFO versão 6.04. Foram encontrados 538 (90,9%) RN com perfil de hemoglobinas normal (AF); 33 (5,6%) heterozigotos para a HbS (ASF), 19 (3,2%) heterozigotos para a HbC (ACF) e 02 (0,3%) homozigotos para a HbC (CF). O peso, gênero e idade gestacional não demonstraram associação com a presença de hemoglobinas anormais. Vinte e seis RN com perfil ASF foram distribuídos de acordo com a classificação racial: 11 (42,30%) foram mulatos, 08 (30,77%) pretos e 07 (26,90%) brancos. A análise hematológica entre os RN com padrão de AF e ASF não demonstrou diferenças estatisticamente significativas. A análise hematológica entre os RN AF e ACF apresentou diferenças significativas para os valores de Ht (p=0,008), Hm (p=0,017) e CHCM (p=0,0045). Os padrões SF e SCF não foram encontrados na análise da presente amostra. A talassemia α23,7 Kb foi detectada em 134 (22,71%) dos RN, entre os quais 120 (20,34%) foram heterozigotos e 14 (2,37%) homozigotos. Dos 30 RN com padrão de hemoglobinas ASF, 10 (33,33%) foram heterozigotos e 01 (3,34%) homozigoto para a talassemia α23,7 Kb; entre os 16 RN ACF analisados, 04 (25,0%) foram heterozigotos para a talassemia α23,7 Kb. A análise estatística dos valores hematológicos entre os RN com genes α normais e os talassêmicos apresentou diferenças significantes em todos os parâmetros analisados. Entre os RN portadores de talassemia α23,7 Kb, os ASF e ACF apresentaram valores de Hb, Ht e Hm menores que os AF, com diferenças significativas. A talassemia α2 4,2Kb não foi encontrada na presente amostra. Os resultados encontrados de talassemia α23,7Kb e de hemoglobinas variantes confirmam as freqüências elevadas previamente descritas em nossa região. As análises estatísticas relacionadas ao peso, gênero e idade gestacional não demonstraram correlação com o tipo de hemoglobina presente. A presença da HbC pode modificar os valores hematológicos nos RN, assim como a presença da talassemia α, principalmente quando associada a hemoglobinas variantes. Os dados encontrados no presente estudo, indicam a necessidade da realização de programa de triagem neonatal de hemoglobinopatias estrutural e de síntese na cidade do Salvador, com posterior seguimento clínico dos portadores e aconselhamento genético às famílias. Palavras-chave: Triagem neonatal; Hemoglobinopatia; Hemoglobina S. Talassemias. Orientador: Marilda de Souza Gonçalves Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=cdUKUhI1Gcd8cmU Defesa: 06/03/2001 Banca examinadora: Mari Stella Figueiredo Edson Duarte Moreira Jr. Marilda Gonçalves[:]

CLAUDIA DE CARVALHO SANTANA 

[:pb]EFEITO DA INDUÇÃO DE TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA A ANTÍGENO CARDÍACO NO DESENVOLVIMENTO DE MIOCARDITE AUTOIMUNE E MIOCARDITE CHAGÁSICA EXPERIMENTAL[:]
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Resumo: O protozoário Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da miocardite chagásica crônica (MCC). A patogênese da MCC, contudo, permanece desconhecida. Evidências indiretas sugerem que uma resposta imunológica contra o parasito ou contra componentes cardíacos pode ter um papel importante na patogenia da doença. Nesse trabalho, a participação de autoimunidade no desenvolvimento da MCC é demonstrada em camundongos nos quais tolerância imunológica a antígenos cardíacos específicos foi induzida ou reforçada previamente à infecção pelo T. cruzi. A tolerânica foi induzida pela administração de antígenos cardíacos na presença de adjuvante completo de Freund e anticorpo monoclonal anti-CD4. Camundongos tolerizados desenvolveram MCC menos intensa do que os controles não tolerizados que receberam apenas o anti-CD4 e adjuvante. Esses resultados confirmam a noção de que a auto-tolerância, em particular a antígenos cardíacos, pode ser reforçada/induzida em animais normais.Palavras-chave: Doença de Chagas. Auto-imunidade. Miosina. TolerânciaOrientador: Lain Pontes de Carvalho Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=rJUdPGPwceaoHXu Defesa: 28/12/2001 Banca examinadora: Sérgio Arruda Zilton Andrade Lain Carvalho
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DANIELE DECANINE

[:pb]ESTUDO DA REGULAÇÃO MOLECULAR DA APOPTOSE EX VIVO E IN VITRO EM PACIENTES COM HAM / TSP.[:]
[:pb]Resumo: O vírus linfotrópico de células T humano – tipo I (HTLV-I) é o agente etiológico da Leucemia/Linfoma de células T no adulto (ATL), da Mielopatia Associada ao HTLV-I/Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP), e de outras patologias. Os IFN-alfa e IFN-beta foram recentemente introduzidos no tratamento de ATL e HAM/TSP, embora seus mecanismos de ação ainda estejam pouco esclarecidos. A presença da iNOS e seu recém-descoberto papel anti-apoptótico na ATL inciou novas perspectivas terapêuticas. Considerando a correlação entre a linfoproliferação induzida pelo HTLV-I e as patologias associadas, buscamos estudar a regulação molecular da linfoproliferação e da apoptose ex vivo e in vitro em indivíduos soropositivos assintomáticos e pacientes com HAM/TSP. A expressão ex vivo do mRNA das moléculas pró-apoptóticas Fas, FasL e pró-caspase-3 foi maior nos indivíduos assintomáticos quando comparados aos pacientes com HAM/TSP, sugerindo que uma diminuição da morte celular programada poderia ter influência no processo patológico. O aumento do mRNA da iNOS nos assintomáticos foi correlacionado a inibição da linfoproliferação in vitro pelo L-NMMA (inibidor da iNOS). Por outro lado, apenas o IFN-beta mostrou atividade anti-proliferativa significante, mas não pró-apoptótica in vitro em células mononucleares de pacientes com HAM/TSP. Porém, as células mostraram-se sensíveis ao estímulo com anti-CD3 na indução da apoptose. A estimulação com o IFN-beta ou anti-CD3 não diminuiu a expressão do mRNA da proteína viral Tax, sugerindo que os efeitos antiproliferativos e pró-apoptóticos ocorrem independente da transcrição viral. De acordo com nossos resultados, o uso combinado de IFN-beta e outras drogas antivirais ou pró-apoptóticas poderia ser considerado em futuros ensaios terapêuticos. Palavras-chave: Apoptose; HTLV-I; Mielopatia; Interferons Orientador: Johan Van Weyenbergh Financiador:  Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=IZCYWN4rz2Naxdh Defesa: 17/12/2001 Banca examinadora: Washington Luís C. dos Santos Marilda Gonçalves Johan Weynbergh[:]