[:pb]“TRAÇO FALCIFORME COMO POTENCIAL DETERMINANTE DA PROGRESSÃO DE DOENÇAS RENAIS NA BAHIA”[:]

[:pb]Resumo: TRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) é uma doença grave que atinge cercade 10% da população mundial. Devido à perda irreversível da função dos rins, os pacientes precisam do tratamento dialítico e desde 2010, no Brasil, a taxa de pacientes em diálise cresce de 3% cada ano. Cerca 93% do tratamento está financiado pelo SUS o que corresponde a 10% do orçamento do Ministério da Saúde. As principais causas de DRC no Brasil e no mundo são diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS), seguido de glomerulopatias. As alterações podem ser complicadas por condições de hipóxia tecidual, as quais podem ser intensificadas pela doença falciforme. Os indivíduos com traço falciforme podem apresentar esse quadro clínico em condições extremas como um esforço físico intenso e prolongado. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre o traço falciforme e a progressão de DRC em Salvador-BA. MATERIAL E MÉTODOS: Foi desenvolvido um estudo de corte transversal, no qual no período de maio de 2014 até novembro de 2015; foram incluídos 306 indivíduos portadores de DRC em programa de hemodiálise nos hospitais e clínicas de referência tais como, Instituto de Nefrologia e Diálise (INED), Hospital Ana Nery (HAN) e Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) há no máximo três anos. cinco mililitros (mL) de sangue total foram coletados em cada paciente para a caracterização do perfil de hemoglobinas variantes pela técnica de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Como grupo controle, foram utilizados os resultados dos testes de triagem neonatal do APAE realizados em recém-nascidos em Salvador de 2012-2014. RESULTADOS: A frequência de HbAS foi significamente maior nos pacientes em hemodiálise (10,2%) em comparação ao grupo controle (5,05%) OR: 2,04 IC 95% (1,35–2,99). Quando comparamos os pacientes com DRC com e sem traço falciforme, não houve diferença em relação à distribuição do sexo (homens 57,6% vs 50%, respectivamente, p = 0,43). A média de idade não foi diferente entre os dois grupos (52 ± 1 anos vs 56 ± 2, p = 0,21).CONCLUSÕES: A frequência do traço falciforme é maior em pacientes portadores de DRC em programa de hemodiálise em comparação à população geral. Estudos que avaliam o impacto e fisiopatologia da doença renal em indivíduos portadores de traço falciforme podem fornecer informações importantes para desenvolvimento de estratégias de prevenção da progressão para estágio final da doença renal.. Palavras-chave: DOENCA RENAL CRONICA; TRACO FALCIFORME; HEMODIALISE. Orientador:  Dr. WASHINGTON LUIS CONRADO DOS SANTOS Financiador: CNPQ -Conselho Nacional de Pesquisa Defesa: 2016 Banca examinadora
Dr. Sergio Marcos Arruda 1º Examinador
Dra. Marilda de Souza Gonçalves 2º Examinador
Dr. Washington Luis Conrado dos Santos 3º Examinador
DISSERTAÇÃO: http://http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=tk1xbpxHqgmBsuN    [:]