[:pb]AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ADJUVANTE DE LECTINAS VEGETAIS NA VACINAÇÃO CONTRA LEISHMANIOSE CUTÂNEA EXPERIMENTAL.[:]

[:pb]Resumo: A saliva do vetor flebotomíneo contém uma grande variedade de moléculas que modulam a resposta hemostática, imune e inflamatória do hospedeiro influenciando o estabelecimento do parasita. Neste trabalho, utilizamos o modelo do bolsão de ar em camundongos BALB/c e C57BL/6 com o objetivo de caracterizar a resposta inflamatória induzida pelo homogeneizado de glândula salivar (SGH) de Lutzomyia longipalpis. Em nossos resultados, foi possível observar uma cinética diferente de recrutamento celular entre as duas linhagens. Enquanto em BALB/c ocorreu o recrutamento significante de macrófagos e eosinófilos após doze horas, apenas neutrófilos foram recrutados em C57BL/6. Analisando as quimiocinas que poderiam estar envolvidas neste recrutamento diferenciado, detectamos um aumento na expressão de CCL2/MCP-1 induzido em BALB/c mas não em C57BL/6. Este dado foi confirmado quando camundongos BALB/c foram tratados com anticorpo monoclonal anti-CCL2/MCP-1 ou bindarit, uma droga que inibe a síntese de CCL2/MCP-1. Estes tratamentos induziram uma redução no recrutamento de macrófagos, e na expressão de CCL2/MCP-1. A produção de CCL2/MCP-1 também foi observada in vitro quando macrófagos J774 foram expostos ao SGH. O efeito do SGH também foi neutralizado após pré-incubação com soro contendo anticorpos anti-SGH e também em camundongos pré-expostos a picadas de L. longipalpis. Com o objetivo de avaliar qual(is) molécula(s) da saliva estariam envolvidas neste efeito, utilizamos construções de cDNA e proteínas recombinantes da saliva de L. longipalpis como estímulo. Observamos que a proteína recombinante de 11kDa da saliva de L. longipalpis, assim como o seu cDNA, parece ter uma atividade inflamatória mais inicial. As proteínas recombinantes da família “yellow” e de 61kDa e os cDNA equivalentes a estas proteínas teriam um efeito mais tardio. A combinação do SGH com a L. chagasi resultou em um efeito aditivo no recrutamento de neutrófilos e macrófagos quando comparado à resposta inflamatória induzida apenas pela L. chagasi nas duas linhagens. O SGH também modificou o perfil de expressão de CCL2/MCP-1, CCL4/MIP-1, CCL11/eotaxina e CXCL1/KC induzida pelo parasita nas duas linhagens de camundongo. Estes resultados sugerem que a saliva de L. longipalpis desempenharia papel importante na modulação da resposta inflamatória do hospedeiro induzida pelo parasita resultando no recrutamento de uma maior quantidade de células inflamatórias para o local da picada. Palavras-chave: Flebótomo; Saliva; Leishmaniose; Inflamação; Quimiocinas Orientador: Manoel Barral-Netto Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=CEmBOTUXgg6svCk Defesa: 17/05/2002 Banca examinadora: João Santana da Silva Amélia Maria Ribeiro de Jesus Manoel Barral-Netto[:]