[:pb]EFEITO DA SALIVA DE LUTZOMYIA LONGIPALPIS (DIPTERA: PHLEBOTOMINAE) SOBRE A RESPOSTA INFLAMATÓRIA EM CAMUNDONGOS BALB/C[:]

[:pb]Resumo: Os indivíduos que são continuamente expostos às picadas de insetos exibem uma seqüência regular de sensibilidade, iniciando com uma fase ausente de reação, seguida de uma resposta do tipo tardia, depois tardia e imediata, somente imediata e culminando com a ausência completa de reação às picadas, onde os indivíduos voltam à situação inicial, atingindo um nível de desensibilização. Evidencia-se a formação de uma resposta específica contra os componentes salivares e que estes elementos poderão constituir-se em alvos para possíveis vacinas contra as doenças transmitidas por insetos. Sensibilizar camundongos BALB/c com picadas de Lutzomyia longipalpis e desafiá-los com 0,2 par de glândula salivar, no intuito de investigar a cinética das células inflamatórias e a resposta imune saliva. Camundongos BALB/c foram sensibilizados com picadas de fêmeas do flebótomo Lutzomyia longipalpis com intervalos de 10 dias. Ao final das sensibilizações, coletou-se o soro para a dosagem de anticorpos antisaliva. Após 10 dias da ultima exposição, inoculou-se 10 l de saliva com ou sem 0.2 par de saliva na orelha dos camundongos e a seguir fragmentos de tecidos auricular foram retirados e fixados em formol a 10% para as análises histológicas. O bolsão inflamatório foi construído pela injeção de LPS ou saliva e as células coletadas 12 horas depois. Após cinco exposições, os camundongos apresentaram altos níveis de anticorpos IgG total e de anticorpos IgG1. O infiltrado inflamatório na orelha dos camundongos cinco vezes expostos mostrou-se mais intenso do que nos demais grupos de camundongos. Houve um aumento do número de neutrófilos, macrófagos e mastócitos ao longo das sensibilizações. Nos animais com 5 exposições após 2h de desafio com SGS foi observado hemorragia e o edema foi mais intenso. Nas orelhas após 48h do desafio com SGS foi observado necrose e células de aspecto apoptótico. Os neutrófilos foram as células que predominaram no exsudato inflamatório dos três grupos de camundongos. O número de Mo/M foi maior no exsudato do bolsão inflamatório dos animais controle injetados com SGS, com marcada redução nas exposições subseqüentes. A saliva de L. longipalpis induz uma resposta inflamatória com características indicativas de uma resposta mista, combinando elementos do tipo Th2 de aspectos de uma reação tardia do tipo DTH. Ademais, a saliva apresenta uma potente capacidade de recrutar macrófagos, a qual é progressivamente modulada após as exposições, o que pode ser relevante na infecção por Leishmania, um parasita predominantemente intramacrofágico. Palavras-chave: Lutzomyia longipalpis. Saliva. Inflamação. Picada de insetos. Orientador: Aldina Maria Prado Barral Disponível em: http://www.bahia.fiocruz.br/igmdisc/?id=SstV52pDhiGsi6h Defesa: 14/05/2003 Banca examinadora: Neuza Alcântara Zilton Andrade Aldina Barral[:]